O conceito de
separação do mal é fundamental para o relacionamento entre Deus e o seu povo.
Segundo
a Bíblia, a separação abrange duas dimensões, sendo uma negativa e outra
positiva:
(a) a separação
moral e espiritual do pecado e de tudo quanto é contrário a Jesus Cristo, à
justiça e à Palavra de Deus;
(b) acercar-se de
Deus em estreita e íntima comunhão, mediante a dedicação, a adoração e o serviço
a Ele.
(1) No AT, a
separação era uma exigência contínua de Deus para o seu povo (Lv 11.44 nota; Dt
7.3 nota; Ed 9.2 nota; ver o estudo A DESTRUIÇÃO
DOS CANANEUS). O povo de Deus deve ser santo, diferente e separado de todos os
outros povos, a fim de pertencer exclusivamente a Deus. Uma principal razão por
que Deus castigou o seu povo com o desterro na Assíria e Babilônia foi seu
obstinado apego à idolatria e ao modo pecaminoso de vida dos povos vizinhos
(ver 2Rs 17.7,8 notas; 24.3 nota; 2Cr 36.14 nota; Jr 2.5, 13 notas; Ez 23.2
nota; Os 7.8 nota).
(2) No NT, Deus
ordenou a separação entre o crente e (a) o sistema mundial corrupto e a
transigência ímpia (Jo 17.15,16; 2Tm 3.1-5; Tg 1.27; 4.4; ver o estudo O RELACIONAMENTO
ENTRE O CRENTE E O MUNDO);
(b) aqueles que na
igreja pecam e não se arrependem de seus pecados (Mt 18.15-17; 1Co 5.9-11; 2Ts
3.6-15); e (c) os mestres, igrejas ou seitas falsas que aceitam erros teológicos
e negam as verdades bíblicas (ver Mt 7.15; Rm 16.17; Gl 1.9 nota; Tt 3.9-11;
2Pe 2.17-22; 1Jo 4.1; 2Jo 10,11; Jd vv.12,13).
(3) Nossa atitude
nessa separação do mal, deve ser de
(a) ódio ao
pecado, à impiedade e à conduta de vida corrupta do mundo (Rm 12.9; Hb 1.9; 1Jo
2.15),
(b) oposição à
falsa doutrina (Gl 1.9),
(c) amor genuíno
para com aqueles de quem devemos nos separar (Jo 3.16; 1Co 5.5; Gl 6.1; cf. Rm 9.1-3;
2Co 2.1-8; 11.28,29; Jd v. 22) e
(d) temor de Deus
ao nos aperfeiçoarmos na santificação (7.1).
(4) Nosso
propósito na separação do mal, é que nós, como o povo de Deus,
(a) perseveremos
na salvação (1Tm 4.16; Ap 2.14-17), na fé (1Tm 1.19; 6.10, 20,21) e na
santidade (Jo 17.14-21; 2Co 7.1);
(b) vivamos inteiramente
para Deus como nosso Senhor e Pai (Mt 22.37; 2Co 6.16-18) e
(c) convençamos o
mundo incrédulo da verdade e das bênçãos do evangelho (Jo 17.21; Fp 2.15).
(5) Quando
corretamente nos separarmos do mal, o próprio Deus nos recompensará,
acercando-se de nós com sua proteção, sua bênção e seu cuidado paternal. Ele
promete ser tudo o que um bom Pai deve ser. Ele será nosso Conselheiro e Guia;
Ele nos amará e de nós cuidará como seus próprios filhos (6.16-18).
(6) O crente que
deixa de separar-se da prática do mal, do erro, da impureza, o resultado
inevitável será a perda da sua comunhão com Deus (6.16), da sua aceitação pelo
Pai (6.17), e de seus direitos de filho (6.18; cf. Rm 8.15,16).
Adaptado dos Escritos de: DONALD C.
STAMPS
Fonte
Original:
Bíblia de Estudo Pentecostal
Editora: CPAD
Fonte: perto-fim.blogspot.com.br